quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Anarquismo
Os anarquistas acreditam no desenvolvimento heterodoxo do pensamento e do ideal libertário como um todo, não idolatrando nem privilegiando qualquer escritor ou teórico desta vertente de estudos.
Os anarquistas auto-denominados socialistas libertários vêem qualquer governo como a manutenção do domínio de uma classe social sobre outra.
A revolução social consistiria na queda drástica, rápida e efetiva do estado e de todas as estruturas, materiais e não-materiais, que o regiam ou a ele sustentavam.
Independência da América Espanhola
As guerras de independência na América espanhola foram as numerosas guerras contra o Império Espanhol na América espanhola, que ocorreram durante o início do século XIX, a partir de 1808 até 1829. O conflito começou em 1808, com juntas estabelecidas no México e Montevidéu, em reação aos acontecimentos da Guerra Peninsular. Os conflitos podem ser caracterizados tanto como uma guerra civil e uma guerra de libertação nacional como guerras internacionais (entre países), uma vez que a maioria dos combatentes de ambos os lados eram espanhóis e americanos, o objetivo do conflito por um lado foi a independência das colônias espanholas nas Américas. As guerras, em última instância, resultaram na criação de uma série de novos países independentes que se prolongam da Argentina e Chile, no sul, ao México, no norte. Apenas Cuba e Porto Rico permaneceram sob domínio espanhol, até à Guerra Hispano-Americana em 1898.
Os conflitos são geralmente relacionados com as guerras de independência da América Latina, que incluem os conflitos no Haiti e o Brasil. A independência do Brasil compartilha com uma origem comum com a da América espanhola, uma vez que ambas foram acionados pela invasão da Península Ibérica por Napoleão em 1808. Além disso, o processo da independência dos países da América Latina ocorerram geralmente em um clima político e intelectual que emergiu da Idade do Iluminismo e que influenciou todas as chamadas Revoluções do Atlântico, incluindo as revoluções anteriores nos Estados Unidos e França. No entanto, as guerras, e a independência da, América espanhola foram resultado da evolução da situação única da monarquia espanhola.
Causas da independência
Cronologia
Entre 1809 e 1818 várias colônias latino-americanas declararam-se autónomas e independente da Espanha. Estas foram as seguintes:
§ Venezuela – (proclamada em 19 de abril de 1810), no ano seguinte em 5 de julho de 1811, é realizada a assinatura da Declaração da Independência da Venezuela, e selada definitivamente após a Batalha de Carabobo, em 24 de junho de 1821).
§ Vice-Reino de Nova Granada - revoltas de Santa Fé de Bogotá em 20 de julho de 1810 e de Cartagena das Índias em 22 de Maio, (ver: Patria Boba).
§ Vice-Reino da Nova Espanha - (ver: Independência do México) Grito de Dolores, 16 de Setembro de 1810, embora geralmente é entendida, de fato, após o Plano de Iguala em 27 de Setembro de 1821).
§ Quito - (ver: Independência do Equador) proclamada em 10 de Agosto de 1809 e rapidamente reprimida, mais uma vez proclamada em 2 de agosto de 1810, embora geralmente é entendida, de fato, após a Batalha de Pichincha em 24 de maio de 1822). Guayaquil declarou a sua independência em 9 de outubro de 1820 (ver: Provincia Livre de Guayaquil).
§ Vice-Reino do Rio da Prata - (ver Primeira Junta) nomeada em 25 de maio de 1810, Independência da Argentina(proclamada em 9 de julho de 1816, antes a Liga Federal declarou a sua independência em 29 de junho de1815, no Congresso do Oriente).
§ Paraguai (proclamada em 15 de Maio de 1811).
§ Capitania Geral do Chile - (ver Independência do Chile) (proclamada em 12 de fevereiro de 1818).
Postado Por ( Lucas Iankoski )
História de Napoleão
Napoleão Bonaparte foi o dirigente efetivo da França a partir de 1799 e, adotando o nome de Napoleão I, foi imperador da França de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815 (20 de março a 22 de junho). Além disso, conquistou e governou grande parte da Europa central e ocidental. Napoleão nomeou muitos membros da família Bonaparte para monarcas, mas eles, em geral, não sobreviveram à sua queda. Foi um dos chamados "monarcas iluminados", que tentaram aplicar à política as ideias do movimento filosófico chamado Iluminismo (Aufklärungem alemão, Enlightenment em inglês, Siècle des Lumières em francês ou Ilustración em espanhol). As diretrizes do governo napoleônico nos territórios francos foram fortemente influenciadas pela noção de democracia herdada da Grécia Antiga, com notória utilização de instrumentos de democracia direta, através dos quais a própria população, reunida em praças da capital, votava para a tomada de decisões públicas, sobretudo nas áreas de saúde, educação e previdência.
Napoleão Bonaparte tornou-se uma figura importante no cenário político mundial da época, já que esteve no poder da França durante 16 anos e nesse tempo conquistou grandes partes do continente europeu. Os biógrafos afirmam que seu sucesso deu-se devido ao seu talento como estrategista, ao seu talento para empolgar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas, além do seu espírito de liderança.
O governo do Diretório foi derrubado na França sob o comando de Napoleão Bonaparte, que, junto com os girondinos (alta burguesia), instituiu o consulado, primeira fase do governo de Napoleão. Este golpe ficou conhecido como Golpe 18 de Brumário (data que corresponde ao calendário estabelecido pela Revolução Francesa e equivale a 9 de novembro do calendário gregoriano) em 1799. Muitos historiadores alegam que Napoleão fez questão de evitar que camadas inferiores da população subissem ao poder.
Considerado herói por muitos e vilão por outros (cre-se que é o primeiro anticristo dos três previstos por Nostradamus), Napoleão é certamente uma das mais importantes figuras históricas da humanidade, tendo mais de 600 mil livros escritos sobre ele ou que ao menos o citam de maneira relevante, sendo a segunda figura humana mais estudada, depois de Jesus.
Introdução
Para sabermos um pouco mais sobre a emancipação política na América Espanhola, é preciso recordar como foi a sua colonização. É preciso compreender como a sociedade se comportava e lembrar mercantilismo, colônias de exploração, etc, para podermos dizer que mesmo se tornando independentes, a estrutura dessas sociedades não se modificou.
Colonização
Quando a mineração decaiu, a pecuária e a agricultura, passaram a ser as atividades básicas da América Espanhola.
Em alguns lugares como Cuba, Haiti, Jamaica e outras ilhas do Caribe, houve exploração do trabalho escravo negro, porém, de modo geral o sistema de produção na América Espanhola se baseou na exploração do trabalho indígena.
A Sociedade Colonial Espanhola
A grande maioria da população das colônias era composta pelos índios. A população negra escrava, era pequena, e, foi usada como mão de obra , principalmente nas Antilhas.
Quem realmente mandava e explorava a população nativa eram os espanhóis, brancos, que eram a minoria mas, eram os dominadores.
Assim podemos dividir a sociedade entre brancos ( dominadores ) e não-brancos ( dominados ).
Mesmo entre a população branca havia divisões como :
Chapetones - colonos brancos nascidos na Espanha, eram privilegiados.
Criollos - brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis. Eram ricos, proprietários de terras mas, não tinham os mesmos privilégios dos Chapetones.
Além disso, a mistura entre brancos e índios criou uma camada de mestiços.
A Administração Espanhola
Os primeiros conquistadores, foram também os primeiros administradores. Eles recebiam da Coroa espanhola o direito de governar a terra que tivessem descoberto.
Com o crescimento das riquezas, como o ouro e prata descobertos, a Coroa espanhola foi diminuindo o poder desses primeiros administradores e passou, ela própria a administrar.
Dessa forma, passou a monopolizar o comércio e criou órgãos para elaborar leis e controlar as colônias.
Emancipação Política da América Espanhola
Só é possível compreender como as colônias espanholas na América conseguiram se libertar, se voltarmos atrás e recordarmos o Iluminismo.
No inicio do século 19, a Espanha ainda dominava a maior parte de suas colônias americanas, mas, da França chegavam novas idéias. Era a época das Luzes ! Os ares eram de liberdade, os filósofos do Iluminismo pregavam que a liberdade do Homem estava acima de qualquer coisa. Não aceitavam que os reis pudessem usar sua autoridade acima de tudo. Afinal, os iluministas valorizavam a Razão, dizendo que o Homem era dono de seu próprio destino e devia pensar por conta própria.
Publicações feitas na França e na Inglaterra contendo essas idéias estavam chegando às colônias escondidas das autoridades. Idéias de liberdade também vinham através de pessoas cultas que viajavam e fora, descobriam um pouco mais da filosofia iluminista. Mas, quem eram essas pessoas cultas ?
Quando nós vimos a Sociedade Colonial Espanhola, estudamos os CRIOLLOS. Eles eram brancos, nascidos na América, que tinham propriedades rurais, podiam ser também comerciantes ou arrendatários das minas. Eles tinham dinheiro mas não tinham acesso aos cargos mais altos porque esses cargos só podiam ser dos CHAPETONES. Então, os Criollos usaram o dinheiro para estudar. Muitos iam para as universidades americanas ou européias e, assim tomavam conhecimento das idéias de liberdade que corriam mundo com o Iluminismo.
Os Criollos, exploravam o trabalho dos mestiços e dos negros e eram donos da maior parte dos meios de produção e estavam se tornando um grande perigo para a Espanha. Por isso, a Coroa espanhola decidiu criar novas leis :
- os impostos foram aumentados
- o pacto colonial ficou mais severo
( o pacto colonial era o acordo pelo qual as atividades mercantis da colônia eram de domínio exclusivo de sua metrópole )
- as restrições às indústrias e aos produtos agrícolas coloniais concorrentes dos metropolitanos se agravaram.
(assim, as colônias não podiam desenvolver seu comércio com liberdade )
Os Criollos tinham o exemplo dos EUA que haviam se libertado da Inglaterra. E, a própria Inglaterra estava interessada em ajudar as colônias espanholas porque, estava em plena Revolução Industrial. Isto quer dizer que, precisava de encontrar quem comprasse a produção de suas fábricas e, também de encontrar quem lhe vendesse matéria prima para trabalhar. Assim, as colônias espanholas receberam ajuda inglesa contra a Espanha.
Quando aconteceu a Revolução Francesa, os franceses, que sempre tinham sido inimigos dos ingleses, viram subir ao poder Napoleão Bonaparte. Foi quando a briga entre França e Inglaterra aumentou. Por causa do Bloqueio Continental, imposto pela França, a Inglaterra não podia mais fazer comércio com a Europa continental (com o continente).
Por causa disso, a Inglaterra precisava mais do que nunca de novos mercados para fazer comércio, portanto ajudou como pôde as colônias espanholas a se tornarem independentes.
A França também ajudou, porque Napoleão Bonaparte com seus exércitos, invadiu a Espanha e colocou como rei na Espanha, seu irmão. Portanto, automaticamente, sendo dependente de França, a Espanha passou a ser inimiga também da Inglaterra. Isso foi o motivo que a Inglaterra queria para colocar seus navios no Oceano Atlântico e impedir que a Espanha fizesse contato com suas colônias espanholas.
Os Criollos então, se aproveitaram da situação e depuseram os governantes das colônias e passaram a governar, estabelecendo de imediato a liberdade de comércio.
Mesmo depois que o rei espanhol voltou ao poder, a luta pela independência continuou e a Inglaterra seguiu ajudando, porque sem liberdade não haveria comércio.
Conclusão
Assim nós podemos ver, que talvez por causa da maneira como foi dominada e explorada, a América Espanhola teve muitas dificuldades de se tornar independente. A interferência da Inglaterra e até mesmo da França foram fundamentais, embora fosse por interesse próprio.
Portugal tinha a Inglaterra como principal parceiro para seus negócios. Pressionados por Napoleão, os portugueses não tiveram escolha: como não podiam abdicar dos negócios com a Inglaterra, não participaram do Bloqueio Continental.
Insatisfeito com a decisão portuguesa, o exército francês começou a dirigir-se a Portugal e numa jogada estratégica, e sabendo-se que o Brasil era considerado, na época, a perola da coroa portuguesa, a Família Real portuguesa, incluindo o príncipe-regente D. João VI, fugiram para o Brasil, instalando e operando o governo português diretamente do Rio de Janeiro em 1808.
Depois da morte de Hidalgo, a liderança do movimento insurgente foi assumida por José María Morelos y Pavón. Morelos tomou as rédeas dos assuntos políticos e militares da insurreição planeando um movimento estratégico com vista a isolar a Cidade do México e a cortar as suas comunicações com as costas. Em Junho de 1813, foi por ele convocado um congresso nacional de representantes de todas as províncias, que teve lugar em Chilpancingo, actual estado de Guerrero, com o objectivo de discutir o futuro do México como nação independente. Os pontos mais importantes do documento emergente deste congresso foram a soberania nacional, o direito universal ao voto para todos os homens, a adopção do catolicismo como religião oficial, a abolição da escravatura e do trabalho forçado, o fim dos monopólios governamentais e o fim dos castigos físicos. A declaração de independência seria assinada a 6 de Novembro de 1813. Apesar de alguns êxitos iniciais das forças de Morelos, as forças coloniais conseguiriam romper o cerco feito à Cidade do México ao fim de seis meses, capturando posições em zonas vizinhas à cidade e acabando por invadir Chilpancingo. Depois destas derrotas o congresso (particularmente Ignacio López Rayon), em lugar de se unir de forma a conseguir a independência, decidiu deixar de reconhecer Morelos como generalíssimo e chefe supremo do exército incumbindo-o unicamente da tarefa de proteger o congresso. Morelos conseguiria proteger o congresso de tal forma que seria redigida uma constituição, jurada em Apatzingan em 22 de Outubro de 1814. A constituição concedia poderes absolutos ao congresso (no seio do qual se travava uma luta acesa) e este não tardaria a reunir de novo os efectivos necessários à continuação da luta deixando Morelos praticamente sem forças, com receio de que este tomasse o poder). Morelos seria capturado poucos meses depois durante uma escaramuça pela manutenção à distância dos realistas que perseguiam os congressistas, enfrentando o mesmo destino que Hidalgo. Seria fuzilado em 22 de Dezembro de 1815, depois de ser degradado e excomungado.
As forças rebeldes de todo o México juntaram-se ao exército de Iturbide. Quando a vitória dos insurgentes se tornou aparente deu-se a renúncia do Vice-rei. Em 24 de Agosto de 1821, foi assinado, por Iturbide e representantes da coroa espanhola, o Tratado de Córdoba, que reconhecia o México como nação independente segundo os termos do plano de Iguala. Iturbide, que havia sido um realista leal, convertera-se no paladino da independência mexicana. Iturbide incluiu um artigo no tratado que possibilitava ao congresso escolher um rei criollo se nenhum membro da realeza europeia aceitasse o trono mexicano. Este artigo permitiu a Iturbide subir ao trono mexicano, dando início ao primeiro Império Mexicano.